sábado, 21 de junho de 2008

Cannibal Holocaust




"Não feche os olhos, veja! Eles são homens, homens como você!"

por Lucas Ramone

Junte um grupo de jovens cineastas, uma expedição à Amazônia, duas tribos canibais, efeitos de maquiagem ultra-realísticos e voilá: você terá em mãos o maior clássico do gore mundial. Este é Cannibal Holocaust (Itália, 1979), a obra prima do canibalismo dirigida por Ruggero Deodato.Filmada como se fosse um documentário verdadeiro, a obra é considerada o filme mais controverso de todos os tempos, e ainda há gente que assiste pensando se tratar de um snuff movie (película em que os atores são mortos de verdade, em frente às câmeras).



A história, por mais simples que pareça, é provavelmente a mais complicada trama sobre canibalismo já feita em solo italiano. Um grupo de quatro jovens cineastas americanos vão à floresta amazônica ( o "Inferno Verde") com a intenção de realizar um documentário que choque as pessoas, ou seja, um "shockumentary", para mostrar ao mundo a realidade dos índios que se escondem por aquelas bandas. Junto do guia Felipe, eles se embrenham cada vez mais na mata, desaparecendo em questão de dias. O professor Harold Monroe (Robert Kerman) resolve por si só ir atrás dos garotos, na tentativa de encontrá-los, e parte para a floresta. Acompanhado de um militar e um índio civilizado, o professor Monroe passa por experiências que testam seus limites de ser humano, e consegue finalmente encontrar os rolos de filme. Ao voltar para Nova York, o filme é revelado, assim como o destino dos quatro jovens documentaristas...



Usando e abusando dos efeitos de maquiagem, este filme nunca foi e com certeza nunca será lançado no Brasil. Se você ouve falar demais de um filme, fica com suas expectativas lá em cima, e quando assiste, se decepciona por não ser EXATAMENTE como você imaginava. Porém, há uma exceção a essa regra, e ela se chama Cannibal Holocaust. Não há como ficar impassível vendo este filme, seja pelas mais do que realistas cenas de canibalismo, ou pelas inúmeras crueldades contra animais que ocorrem durante a projeção. Você fica tenso, o sangue ferve e no final, você tem a certeza que nunca, mas NUNCA mesmo, teria coragem de entrar na floresta da região amazônica.



Na epóca em que foi lançado, o filme foi imediatamente retirado das salas de projeção, pois muitas pessoas saíam vomitando, com dores de estômago, traumas e até desmaiadas. O diretor Ruggero Deodato teve que se explicar às autoridades sobre as mortes ocorridas no filme. Para provar que o filme é uma farsa, Deodato foi a vários programas de alta audiência no mundo todo, juntamente de todo o elenco do filme, para provar que estavam vivos e bem, pois o sumiço deles após o fim das filmagens ajudou na polêmica. Como eu disse anteriormente, ainda hoje há gente que vê o filme achando se tratar de material verídico, sem saber de toda a farsa.
Bom, eu não poderia escrever toda esta resenha sem falar UMA ceninha do filme ;). Então leia o próximo parágrafo por sua própria conta e risco, pois pode estragar a surpresa de quem não viu ainda.
*SPOILER*
Ao chegar próximo a um rio, o professor Monroe e seus companheiros presenciam um ritual típico dos índios: um índio chega à praia numa canoa, junto de uma mulher totalmente embarrada e desesperada. Ele arrasta a mulher para a terra, e com uma esécie de cunha ou sei lá o quê, estupra a mulher, fazendo-a sangrar intensamente. Em seguida, bate em sua cabeça com força, até que ela repentinamente para de gritar. Já não vive mais.
*FIM DO SPOILER*



E pensar que lá atrás, lá nos anos 50, os cineastas tentavam (e muitas vezes conseguiam) assustar o público com alienígenas, animais gigantes e outras aberrações. Heheheh. Mesmo ficando com medo daquelas colossais formigas assassinas, o povo sabia que era praticamente impossível algo daquele jeito um dia acontecer. Já com Cannibal Holocaust não é a mesma coisa. São seres humanos como eu e você matando e devorando seres humanos como eu e você. Confesso que muitas vezes duvidei do povo da internet, que sempre elogiava este filme, dizendo ser a mais brutal obra de todos os tempos. Quando coloquei o filme pra rodar, já fui pensando: "...lá vem mais decepção com tripas de borracha falsa...". Porém, me surpreendi, e muito. E com certeza você também se surpreenderá, caso ainda não tenha visto o filme.


sábado, 14 de junho de 2008

30 Dias de Noite



"Levamos séculos para fazer com que acreditassem que somos um pesadelo. Não podemos dar uma razão para que suspeitem. Destruam todos" --Marlow

por Lucas Ramone

Esta semana assisti a um lançamento nas locadoras, o vampírico 30 Dias de Noite (30 Days of Night, EUA, 2007), que estreou nos cinemas brasileiros no fim do ano passado. O filme se passa na pequena cidade no Alasca. Uma curiosidade desta cidade é que, durante o inverno, o Sol não aparece durante 30 dias, deixando a cidade na mais completa escuridão! Isso faz com mais da metade da população saia de férias, para não ter que ficar no escuro. Porém, algo estranho está acontecendo este ano. Cães aparecem mortos, pessoas desaparecem e um estranho surge na lancheria da cidade, arrumando encrenca. Logo, o xerife Eben Oleson (Josh Hartnett, de Sin City e Xeque-Mate), descobre a verdade por trás desses crimes: a cidade está sendo atacada por um grupo de violentos vampiros, que se aproveitam da escuridão total para atacar os moradores. Junto de um pequeno grupo de sobreviventes, entre eles seu irmão e sua ex-mulher, Eben terá que se defender com unhas e dentes da horda voivode que aumenta cada vez mais.
Baseado em uma série de HQs americanas, o filme usa e abusa de efeitos visuais sangrentos. Decapitações que NÃO se dão com apenas um golpe são a principal característica do filme. Algumas off-screen, é verdade, mas nada que algumas mais violentas on-screen não amenizem. A língua que os vampiros falam (pelo menos na versão legendada que eu assisti eles não falam inglês) é bem estranha e até inovadora, pelo menos se comparada aos filmes da série Blade, em que os vampiros falam tanto o nosso idioma quanto o deles. Como sempre, há um vampiro-chefe, cujo nome não é citado, e sua fêmea, igualmente anônima e mais feia do que o próprio. Os efeitos de maquiagem aplicados nos vampiros são outro destaque: olhos negros, estilo alienígena, e dentes minúsculos e numerosos. Cada vampiros é diferente, e fica fácil identificá-los após um tempo.
Porém, como já era de se esperar, na minha incessante busca por mensagens subliminares (coisa que faço em QUALQUER filme), prestando bem atenção nos detalhes, percebi dois erros de continuidade na película, e acho que não farei mal em contá-los aqui. Mas caso você não queira saber absolutamente nada sobre o filme, não leia os próximos dois parágrafos.
1°: Há uma cena em que o Xerife e sua ex estão juntos no canto de um cômodo. A câmera dá um close no rosto da mulher e quando volta para a câmera naterior, o rosto dela está em uma posição completamente diferente, coisa que não poderia ser humanamente possível em 1 segundo apenas.
2°: Quando os sobreviventes são atacados por um vampiro careca na cena final, eles o matam. Já quando Eben se confronta com o líder dos vampiros, o mesmo vampiro careca pode ser visto várias vezes junto com os outros vampiros.
Entre muitas virtudes e poucos defeitos, este é 30 Dias de Noite, filme que eu recomendo não só a fãs de vampirismo, como aos fãs do cinema de horror em geral, pois é um ótimo filme, desde que não se espere um Drácula de Bram Stoker da vida. Falando nisso, esse é o melhor filme de vampiros que apareceu por aqui nos últimos 10 anos, desde que o mestre John Carpenter escreveu e dirigiu o ótimo Vampiros de John Carpenter (John Carpenter's Vampires, EUA, 1998), que rendeu uma sequência bastarda (não, ela não foi feita por Bruno Mattei nem por qualquer outro italiano) em 2003, chamada Vampiros: Os Mortos, estrelada pelo anêmico músico Jon Bon Jovi. Passe longe!

domingo, 8 de junho de 2008

A Profecia


Quando os judeus voltarem a Sião...

E um cometa preencher o céu...

E o Santo Império Romano se levantar...

Então eu e você morreremos.

Do Mar Eterno ele se levanta...

Criando exércitos em cada praia...

Virando cada homem contra o seu irmão...

Até que o homem

Não mais exista!


por Lucas Ramone

Em 1974, o então desconhecido escritor David Seltzer estudou o livro bíblico do Apocalipse (também conhecido como Livro das Revelações) e lançou seu primeiro livro, o qual batizou de The Omen (A Profecia, no Brasil). O livro descrevia a vinda do Anticristo na forma de um pequeno e aparentemente inocente menino. Foi um enorme sucesso de vendas, e até hoje é relançado por diversas editoras no mundo todo. Com um sucesso desse porte, era inevitável uma adaptação às telas do romance. Dois anos depois essa profecia (heheheh) se cumpriu, e foi lançado o filme A Profecia (The Omen), dirigido por Richard Donner e estrelando Gregory Peck e Lee Remick. A película foi estrondoso sucesso, e até hoje é considerado (e com certeza sempre será) o maior clássico apocalíptico de todos os tempos.




O filme começa com um senhor chamado Robert Thorn (Peck) indo em direção ao Hospitalli Generalli de Roma, pois seu filho está nascendo. Porém Thorn descobre que seu filho nasceu morto, e para não chocar sua esposa com essa terrível notícia, decide seguir o conselho do misterioso Padre Spilletto e adota um menino órfão, que batiza de Damien. O que ele não sabe é que essa criança é, na verdade, o Anticristo, ou seja, o filho do Diabo! Após o aniversário de 5 anos de Damien, coisas bizarras e sinistras começam a acontecer: um cão misterioso começa a rondar a casa dos Thorn e sua nova babá comporta-se de forma cada vez mais estranha. Robert logo percebe que algo não está certo e, junto do fotógrafo Keith Jennings (David Warner, ótimo), resolve juntar as peças do quebra-cabeça e resolver esse mistério, ao mesmo tempo em que deve proteger a vida de sua mulher e a sua própria.

Bom, por onde começar falando quando o filme é A Profecia? Simplesmente um filme genial, pouquíssimos defeitos, e enormes virtudes. Aliás, “defeito” seria uma palavra errada para definir, acho que “erro” ou (de uma forma mais pomposa) “gafe”, pois as únicas falhas que encontrei neste filme maravilhoso são pequenos descuidos de continuidades, coisas mínimas que só os mais atentos perceberão.



Uma coisa que se percebe com clareza nesse filme é o recurso de close nos olhos dos personagens, em especial Gregory Peck mais pro final. Tanto em momentos de angústia, suspense ou emoção, como em momentos de pânico, tensão e puro terror, os olhos são sempre focados como sinalizadores das emoções dos personagens. Várias ótimas tomadas dos closes acompanhadas pela não menos importante trilha sonora.

Ah, a música. Como esquecer dela? Isso é simplesmente impossível, a orquestra redigida por Jerry Goldsmith, perfeita em todos os seus acordes, prende a atenção do espectador a qualquer cena que estiver passando, fazendo-o sentir na pele o que é o ser perseguido pelo Mal.

As mortes, também, são magníficas. As gerações mais atuais poderão talvez encontrar semelhança nas mortes da série Premonição (Final Destination), mas o fato é que as mortes em A Profecia marcam. Você realmente não desconfiaria de um caminhão carregado de janelas de vidro, ou de um simpático padre italiano com sobrancelhas da mesma espessura do Canal da Mancha. Simplesmente não há como esquecer as mortes que acontecem neste filme. Você fica marcado para sempre.




A Profecia teve 2 seqüências diretas e uma totalmente diferente das demais (que eu ainda não vi), além de um remake deste primeiro, realizado pela própria Fox em 2006, não obtendo nem metade do êxito do original. Os quatro originais foram lançados em VHS no Brasil pela Fox, se não me engano, e relançados em DVD em 2001 (Edição de Aniversário - 25 Anos) e em 2006(Edição Especial – Aniversário de 30 Anos), num box especial lindíssimo. O remake também foi lançado normalmente nos cinemas por aqui em 2006. O livro foi lançado no Brasil pela primeira vez em 1974, pelo Círculo do Livro, numa versão com capa dura, contendo na capa Damien caminhando sobre umas ruínas e alguns cães demoníacos acompanhando-o.

À data desta resenha, eu já havia visto os filmes nesta ordem: primeiro o livro, depois o remake, o original, a parte III e então a parte II, e digo com louvor que esta primeira é, de longe, a melhor parte da trilogia de quatro partes. Então é isso, fica a sugestão para o filme, um verdadeiro clássico não só do horror, como também de todo o cinema em geral, tendo gerado incontáveis imitações que até hoje tentam, sem sucesso, repetir o mega-sucesso que este foi.

Até a próxima, meus amigos!



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Formato: AVI
Idioma: Inglês (legenda não embutida)
Tamanho: 702MB
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Exemplo: "filme.AVI" e "filme.srt"

Evil Dead II - Dead By Dawn



"A lenda diz que foi escrito pelos seres das trevas.
Necronomicon Ex Mortis
Traduzido literalmente: O Livro dos Mortos
Encadernado em couro humano e escrito a sangue,
Esse livro serviu como uma passagem para o mal do outro mundo
Foi escrito há muito tempo...
Quando os mares eram feitos de sangue

E foi esse sangue que serviu como tinta para escrever o livro
No ano de 1300 de nossa era, o livro desapareceu.”



por Lucas Ramone

Como fazer uma continuação para o maior clássico do splatter de todos os tempos? A resposta é repetir a história. Repetir tudo o que aconteceu e funcionou no primeiro e tentar algo não melhor, mas que pelo menos se equipare ao original. Foi assim que o outrora cineasta referência no horror Sam Raimi escreveu e dirigiu Uma Noite Alucinante 2 (Evil Dead II – Dead By Dawn), seqüência-parecia-com-remake do insuperável clássico A Morte do Demônio (The Evil Dead, 1982) em 1987. A história é basicamente a mesma, só mudando o número de personagens e a forma como eles se conhecem: Ash (interpretado pelo meu ídolo-mor Bruce Campbell), um pacato vendedor de uma cidade normal como tantas outras, fica sabendo de uma cabana abandonada no meio das montanhas do Tenessee, e resolve levar sua namorada Linda para um fim-de-semana longe da barulheira da cidade. Mal sabe ele que aquele chalé isolado do mundo pertence ao Professor Raymond Knowby, um estudioso que recentemente encontrou sua mais valiosa relíquia:o Necronomicon Ex Mortis, também conhecido como O Livro dos Mortos. Ao chegar à cabana com sua amada, Ash encontra um gravador com uma fita feita pelo próprio Prof. Knowby, relatando sua descoberta e declamando alguns feitiços que ele havia traduzido do livro. Para o azar de Ash, esses feitiços servem para invocar espíritos malignos, que, uma vez no nosso plano, obtém o poder de possuir os vivos.Ele descobre isso da pior maneira possível, perdendo sua querida Linda para os demônios em questão de minutos. Armado uma motosserra e um rifle de caça, Ash decide se proteger com unhas e dentes dos ataques dos espíritos das trevas, que tentarão a todo custo aniquilar nosso herói. Conseguirá ele passar por mais essa noite alucinante?



A principal diferença deste para o primeiro o filme é a presença do humor em certas cenas. Isso poder pode ser percebido em várias partes do filme, como na cena em que uma mão decepada levanta o dedo médio para Ash, ou ainda o desagradável encontro de um olho com uma boca aberta. A cena em que Ash ri histericamente enquanto vê os objetos da sala rirem dele é a prova de que Raimi ainda sabe o que está fazendo. Uma cena ao mesmo tempo hilária e assustadora. Acredito que uns dos fatores que levaram o diretor a apelar para essa fórmula “terrir” foi o aumento considerável aumento do orçamento, cujo valor não me recordo agora, mas sei que é mais do que o dobro do anterior. O uso de efeitos especiais é outra novidade, porém não são tão “especiais” assim. Na verdade, não passam da técnica do stop-motion, que virou febre nos anos 50, agora utilizado 30 anos depois! As cenas que se utilizam de tais efeitos são hilárias, e você tem que ser muito fã mesmo para não se mijar rindo da tosqueira braba que é.



Um ponto negativo que apareceu nesta seqüência foram as mortes suavizadas, bem diferente as sangreira que foi o primeiro. Reza a lenda que há uma versão on-screen para a cena em que Ash esquarteja Ed com um machado, fazendo-o espirrar sangue vermelho, ao invés daquele suco verde da versão oficial.
Mas mesmo com todos esses defeitos, esse com certeza é um dos melhores filmes de horror que existem, e você TEM que assistir! Foi lançado no Brasil em 1987, antes mesmo do original chegar por aqui (WTF?!?!?), recebendo o título de "Uma Noite Alucinante 2", obrigando o original a receber o quilométrico título de "The Evil Dead - A Morte do Demônio - Uma Noite Alucinante 1: Como Tudo Começou" (é mais ou menos isso). Há algum tempo recebeu uma versão em DVD, com alguns extras e até mesmo opção de dublagem em português (coisa rara MESMO em se tratando de filmes antigos), tendo seu título modificado para apenas "Uma Noite Alucinante". Há ainda uma terceira parte, Army of Darkness, lançado por aqui como Uma Noite Alucinante 3, voltado mais para o lado aventura, mas sem perder alguns toques macabros.


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Formato: RMVB
Tamanho: 293MB
Idioma: Inglês (legendado)
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sábado, 7 de junho de 2008

A Procura da Felicidade



Por Lucas Ramone

Você é realmente feliz? Quanto vale a felicidade daqueles que você ama? Você estaria disposto a sacrificar seu conforto em nome da felicidade daqueles que você ama? É esse o questionamento que o filme A Procura da Felicidade (The Pursuit of Hapiness, EUA, 2007), filme que conta o drama de Chris (Will Smith), um simpático vendedor que tem uma relação conturbada com a esposa. Ele tenta sempre dar de tudo o melhor para sua família, mas as vendas não estão rendendo, e ele precisa encontrar outro emprego para sustentá-la. É então que ele conhece um corretor da bolsa de valores de Nova York. Chris percebe que ele é plenamente sustentável, e decide então se esforçar para conseguir um emprego na bolsa, e, finalmente, alcançar a tão sonhada felicidade ao lado de seu pequeno filho, já que sua esposa o abandonou. Será que ele consegue?

Uma coisa que se percebe quando se assiste a esse filme é o quanto ele é real. Assuntos como desemprego, estrutura familiar e principalmente felicidade são profundamente abordados. Penso que esses assuntos estão em alta desde o princípio da humanidade civilizada. Sempre onde há alguém se sentindo feliz por ter conseguido tanto dinheiro em tão pouco tempo, há também outros desesperados em tentar administrar a mixaria que ganham em uma vida inteira. A esses resta a esperança de um emprego melhor, mas aí entra a questão da oportunidade, pois nem todos que precisam podem tentar um estágio, como o protagonista do filme. Há pessoas tímidas, há pessoas depressivas, há pessoas que acham que nunca serão nada na vida. E se não se derem por conta que tudo só depende delas mesmas, nunca serão nada mesmo, nem nunca chegarão a lugar algum.

O que falta a estas pessoas é a perseverança e a força de vontade. Ora, se nunca tentarem nada, é óbvio que nunca conseguirão nada. E o protagonista, mesmo sendo negro (algo que já deixa as pessoas desconfiadas, e subconscientemente, preconceituosas desde o início) e de origem humilde, nunca desistiu de seus ideais, nunca desistiu de tentar um emprego e melhorar sua vida e a de seu filho, além de garantir um futuro decente para ele. Concluo, a partir disso, que a principal mensagem do filme é não desista de si mesmo, não se deixe abater por qualquer bobagem, ou seja, é uma mensagem positiva que deixa o espectador psicologicamente mais aliviado e mais preparado para tentar enfrentar o futuro que a todos espera (pelo menos foi isso que aconteceu comigo após terminar de ver o filme x] ).

Outra importante mensagem que o filme passa é a da dignidade. Mesmo que você esteja dormindo num banheiro público, ou sendo preso por não pagar multas de trânsito, nunca perca sua dignidade. Este é um dos bens mais preciosos que o ser humano possui. Não devemos degradá-la de forma alguma. Veja bem, se você não tiver dignidade alguma, quem se importará com você? Quem falará com você? Uma pessoa indigna simplesmente não tem razão de ser, viver ou existir. Sua dignidade vale muito, cuide bem dela.

Bom, é basicamente isso. Esse filme tem muitos detalhes, e eu não ficarei aqui contando tudo tintim por tintim. Alugue, compre, pegue emprestado, de qualquer jeito, consiga este filme e assista-o, garanto que será uma experiência única, e olha que nem é bem o meu estilo falar bem de dramas.


Até outra hora! o/



P.S.: Esse texto foi originalmente feito como análise crítica para um trabalho escolar de Literatura que eu fiz essa semana. Nada foi removido, inserido ou alterado de qualquer forma desde então.

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